Armado em carapau de corrida: Esta expressão é usada para descrever alguém que se acha superior ou que pretende parecer mais importante do que realmente é.
Ele estava todo armado em carapau de corrida na reunião, mas todos sabiam que ele não tinha experiência.
Comer gato por lebre: Significa ser enganado ou ludibriado, pensando que algo é uma coisa quando, na realidade, é outra.
Quando comprei aquele carro, pensei que estava a fazer um bom negócio, mas acabei por comer gato por lebre.
Estar com a pulga atrás da orelha: Esta expressão é utilizada quando alguém está desconfiado ou com dúvidas sobre algo.
Estou com a pulga atrás da orelha sobre os motivos dele para não querer assinar o contrato.
Enfiar o barrete: Usada quando alguém é persuadido a aceitar algo que não quer, ou é enganado.
Ele tentou enfiar-me o barrete com aquele projeto falhado, mas eu não aceitei.
Pagar o pato: Ser responsabilizado por algo que não fez ou assumir as consequências dos atos de outra pessoa.
Sempre que algo dá errado no escritório, eu acabo por pagar o pato.
Barata tonta: Descreve alguém que está confuso, desorientado ou que age de forma irracional.
Depois do anúncio surpresa, ela ficou a correr de um lado para o outro como uma barata tonta.
Meter água: Significa falhar ou não conseguir cumprir expectativas.
A equipe estava confiante, mas no final meteu água e perdeu o jogo.
Tirar o cavalinho da chuva: Usado para dizer a alguém para não contar com algo que desejam ou esperam.
Se pensas que vou emprestar-te o carro este fim de semana, podes tirar o cavalinho da chuva.
Andar à nora: Sentir-se perdido ou não saber o que fazer em uma situação.
Desde que o projeto começou, ele está a andar à nora sem saber o próximo passo.
Chutar o balde: Desistir de algo de maneira abrupta ou expressar descontentamento.
Depois de tantos anos na mesma empresa, ele finalmente chutou o balde e pediu demissão.
Ter macaquinhos na cabeça: Preocupar-se excessivamente com coisas sem importância ou imaginar problemas onde eles não existem.
Não fiques a pensar que eles estão zangados contigo, estás apenas com macaquinhos na cabeça.
Fazer das tripas coração: Esforçar-se muito ou superar adversidades para alcançar algo.
Ela fez das tripas coração para terminar a maratona, apesar da lesão.
Ir com os porcos: Morrer ou falhar completamente em algo.
Se não cuidarmos do meio ambiente, todos vamos ir com os porcos.
Pôr a carroça à frente dos bois: Agir precipitadamente, sem planejamento adequado ou fazer as coisas fora de ordem.
Estás a pôr a carroça à frente dos bois ao planejar a festa sem nem saber a data.
Ver navios: Decepcionar-se por não conseguir o que se esperava ou por algo não acontecer como planejado.
Ele ficou à espera dela durante horas, mas acabou por ver navios.
Estas expressões idiomáticas são uma parte divertida e colorida da língua portuguesa, refletindo a criatividade e o humor do povo português. Conhecê-las não só enriquece o seu vocabulário, mas também lhe dá uma visão mais profunda sobre a cultura e a maneira de pensar em Portugal.